segunda-feira, 5 de maio de 2008

Mianmar conta cerca de 4 mil mortos após passagem de ciclone


Cerca de 4 mil pessoas morreram e milhares estão desaparecidas após a passagem de um ciclone devastador em Mianmar no último sábado, informou nesta segunda-feira (5) a agência de notícias Reuters, citando uma rede de TV estatal. As últimas informações sobre vítimas haviam sido divulgadas no domingo (4) pelas autoridades da antiga Birmânia e apontavam para a morte de, pelo menos, 350 pessoas.

Organizações internacionais de ajuda humanitária começaram a enviar alimentos e água a Mianmar nesta segunda-feira.

No último sábado, o governo militar do país asiático declarou estado de emergência depois que o ciclone "Nargis" alcançou ventos de até 190 km/h.

O ciclone causou o corte da provisão de energia elétrica e de telefone em todos os povoados do delta do rio Irrawaddy "Total zona de guerra", disse um diplomata baseado em Yangon em um e-mail enviado à agência de notícias Reuters em Bangcoc. "Árvores pelas ruas, postes de eletricidade tombados, hospitais destruídos, água potável escassa", afirmou.

O estado de emergência em Yangon, Pegu, Irrawaddy e nos estados de Mon e Karen, foi declarado pelo general Thira Thura Tin, primeiro-secretário da Junta Militar.

O "Nargis" causou a queda de alguns prédios do centro de Yangun e deixou Mianmar incomunicável com o exterior devido a avarias no sistema de telecomunicações.

Em Yangon, cidade de 5 milhões de habitantes, muitos telhados de edificações mais sólidas foram arrancados, numa indicação de que os danos devem ser graves nas favelas da periferia.

Funcionários de entidades assistenciais estrangeiras, cujos movimentos são controlados pela junta militar no governo, não conseguiram chegar às áreas mais pobres para avaliar o impacto.

Apesar da destruição provocada pelo "Nargis", a junta militar que governa o país anunciou que manterá, como previsto, para o próximo sábado um polêmico referendo constitucional, que segundo os opositores tem como objetivo reforçar o poder dos generais.


* Com informações da Reuters, Efe e AFP

Fonte: www.g1.globo.com/noticias

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